“Prepárese para morir”: latifundio, ética y recuerdos de agresiones en Belém

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22380/2539472X.2669

Palabras clave:

agresión, necesidad, moralidades, etnografía, latifundio, Rio Grande do Norte

Resumen

En este artículo exploro los recuerdos sobre diversas formas de agresión ocurridas en un antiguo latifundio del Nordeste de Brasil, hoy desaparecido, y enfoco las moralidades que la reconstrucción de ese pasado pone en juego. Me baso en un trabajo de campo antropológico realizado en las tierras de la expropiedad y considero particularmente los relatos de quienes fueron sus habitantes. Mis interlocutores e interlocutoras despliegan una ética en torno a la necesidad de las muertes y ultrajes que ocurrían allí. Esa ética muestra agresiones normativizadas que constituyen una pieza fundamental de la dinámica social del latifundio. De este modo, en lugar de abordar asesinatos, castigos, amenazas y otras agresiones como si fueran externas a dicha dinámica, pretendo mostrar etnográficamente que el uso de la fuerza por parte de los propietarios, o avalado por estos, no consistía en actos excepcionales, sino que era parte de la sociabilidad que allí se desarrollaba.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Referencias bibliográficas

Almeida, Alfredo Wagner Berno de y Neide Esterci. 1977a. “Quixadá: a formação do povoado e o aceso à terra pelos pequenos produtores”. En Projeto emprego e mudança sócio econômica no Nordeste, coordinado por Moacir Gracindo Soares Palmeira, 2-24. Río de Janeiro: Museu Nacional; UFRJ. Mimeo.

—. 1977b. “Terras soltas e o avanço das cercas”. En Projeto emprego e mudança sócio econômica no Nordeste, coordinado por Moacir Gracindo Soares Palmeira, 25-36. Río de Janeiro: Museu Nacional; UFRJ. Mimeo.

Andrade, Manuel Correia de. 1998. A terra e o homem no Nordeste: contribuição ao estudo da questão agrária no Nordeste. Recife: Editora Universitária da UFPE.

Ayoub, Dibe. 2017. “Fazer vingança, jurar vingança: a morte matada e a vida cotidiana”. En Questões e dimensões da política, editado por John Comerford, Marcos Otavio Bezerra y Moacir Palmeira, 229-240. Río de Janeiro: Papéis Selvagens.

Barreira, César. 2008. Cotidiano despedaçado. Cenas de uma violência difusa. Fortaleza: Pontes.

Bastos, Eliane Cantarino O’Dwyer Gonçalves. S. f. A cultura de algodão no sertão paraibano. Río de Janeiro: Mimeo.

Black-Michaud, Jacob. 1975. Cohesive Force. Feud in the Mediterranean and the Middle East. Nueva York: St. Martin’s Press.

Cascudo, Luís da Câmara. 1956. Tradições populares da pecuária nordestina. Río de Janeiro: Ministério da Agricultura, Serviço de Informação Agrícola.

—. 1970. Locuções tradicionais no Brasil. Recife: Universidade Federal de Pernambuco.

Da Cunha, Manuela Ivone. 2007. “A violência e o tráfico: para uma comparação dos narcomercados”. En Conflito, política e relações pessoais, editado por Ana Claudia Marques, 173-179. Fortaleza: Pontes.

Delgado, Manuel. 2003. “Del movimiento a la movilización. Espacio ritual y conflicto en contextos urbanos”. En Retóricas sem fronteiras, organizado por Jorge Freitas Branco y Ana Isabel Afonso, 143-165. Oeiras: Celta.

Figurelli, Mónica Fernanda. 2011. “Família, escravidão, luta: histórias contadas de uma antiga fazenda”. Tesis de Doctorado en Antropología Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Río de Janeiro.

—. 2012. Registros del conflicto. Miradas sobre ocupaciones de tierra en el Nordeste de Brasil. Buenos Aires: Antropofagia.

—. 2017. “Atados al rabo de la burra: lecturas del trabajo gratuito en una antigua propiedad rural”. Revista Latinoamericana de Antropología del Trabajo 1 (2): 1-18. http://www.ceil-conicet.gov.ar/ojs/index.php/lat/article/view/306

—. 2020. “Días cautivos en el Nordeste de Brasil: vivir y trabajar en ‘tierras de otros’”. En Tratado latinoamericano de antropología del trabajo, editado por Hernán Palermo y Lorena Capogrossi, 1727-1750. Buenos Aires: Clacso.

Gilmore, David. 1987. Aggression and Community. Paradoxes of Andalusian Culture. New Haven; Londres: Yale University Press.

Heredia, Beatriz Maria Alasia de. 1986. “As transformações sociais na plantation canavieira. O caso do sul de Alagoas”. Tesis de Doctorado en Antropología Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Río de Janeiro.

Johnson, Allen. 1971. Sharecroppers of the Sertão. Economics and Dependence on a Brazilian Plantation. Stanford: Stanford University Press.

Marques, Ana Claudia. 2002. Intrigas e questões. Vingança de família e tramas sociais no sertão de Pernambuco. Río de Janeiro: Relume Dumará.

Monteiro, Denise Mattos. 2007. Introdução à história do Rio Grande do Norte. Natal: EDUFRN.

Nunes Leal, Victor. 1975. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.

Palmeira, Moacir. 1977. “Casa e trabalho: nota sobre as relações sociais na plantation tradicional”. Contraponto 2 (2): 103-114. https://memov.org/site/livros-e-textos/casa-e-trabalho-nota-sobre-as-relacoes-sociais-na-plantation-tradicional-1977/

Palmeira, Moacir y Beatriz Heredia. 2009. Política ambígua. Río de Janeiro: Relume Dumará.

Queiroz, Maria Isaura Pereira de. 1976. O mandonismo local na vida política brasileira e outros ensaios. São Paulo: Alfa Omega.

Rego, José Lins do. 1966. Bangüê. Río de Janeiro: Livraria José Olympio Editora.

Sigaud, Lygia. 1971. “A nação dos homens. Uma análise regional de ideologia”. Tesis de Maestría en Antropología Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Río de Janeiro.

Spencer, Jonathan. 2007. Anthropology, Politics, and the State. Democracy and Violence in South Asia. Cambridge: Cambridge University Press.

Villela, Jorge Mattar. 2004. O povo em armas: violência e política no sertão de Pernambuco. Río de Janeiro: Relume Dumará.

Descargas

Publicado

2024-05-01

Cómo citar

Figurelli, F. (2024). “Prepárese para morir”: latifundio, ética y recuerdos de agresiones en Belém. Revista Colombiana De Antropología, 60(2), e2669. https://doi.org/10.22380/2539472X.2669

Número

Sección

Artículos